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domingo, 31 de agosto de 2008

Imagem do dia


E precisa dizer alguma coisa?

sábado, 30 de agosto de 2008

Saudades do verão....


"mais importante que o conhecimento, é a imaginação..." e que nunca nos falte.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

da série: Dicionário da Janinha...


Belo 1. adjetivo: que é bonito. 2. não é o caso do cantor Belo. 3. um lugar da minha infância. 4. cachorro de estimação. 5.um quadro comprado de barbada. 6.o bolo que eu amo. 7. aquele disco. 8. aquele som. 9. aquele cara....10. Kelly Slater.


"Não diz nada, você não diz nada. Apenas olha para mim, sorri. Quanto tempo dura? Faz pouco despencou uma estrela e fizemos, ao mesmo tempo e em silêncio, um pedido, dois pedidos. Pedi para saber tocá-lo. Você não me conta seus desejos. Sorri com os olhos, com a mesma boca que mais tarde, um dia, depois daqui, poderá me dizer: não. Há uma espécie de heroísmo então quando estendo o braço, alongo as mãos, abro os dedos e brota. Toco. Perto da minha a boca se entreabre lenta, úmida( ... )os dentes se chocam, leve ruído, as línguas se misturam. Naufrago em tua boca, esqueço, mastigo tua saliva, afundo. Escuridão e umidade, calor rijo do teu corpo contra a minha coxa, calor rijo do meu corpo contra a tua coxa. Amanhã não sei, não sabemos."

-Caio Fernando Abreu-
"...Como é que acontece? Como é possível que a gente se torne "dependente químico" de outra pessoa? Antes o mundo era legal...daí, daqui a pouco, ele se torna Fantástico e nos mata para todo aquele mundo comunzão de antes... Tudo parece só um borrão! Mas quando recebemos a dose daquela pessoa de novo, tudo volta à velocidade certa, as cores são mais brilhantes e temos borboletas no estômago!!! Como que alguém consegue tirar a graça de todas as outras pessoas? Talvez seja inútil tentar entender...Os franceses já dizem: "Tente ser racional no amor, e você perderá a razão"..."

Para as mulheres refletirem amanhã...

Mulheres reclamam que homens são uns canalhas, aproveitadores, sacanas, safados e mentiros. Tudo isso porque eles só querem um lance, que envolve sexo é claro, e somem. Desaparecem, evaporam, trocam de celular, endereço e principalmente de idéia e sentimento.

Mas de que forma inicia essa história? A mulher oferece sexo sem compromisso, é desapegada, moderna, independente, sente vontade de beijar e gozar, e quer uma transa onde apenas orgãos sexuais atuam. Comportando-se como os homens em geral, a mulher dá um tiro que sai pela culatra. Quem oferece pouco, recebe menos ainda de volta. Essas são as relações infrutíferas, sem pretensões de futuro.

No outro lado da margem, existem mulheres que seguram a onda. Curtem conversar, sair para jantar, ir ao cinema, e que acabam deixando o sexo para um próximo momento. Então, elas acabam entrando na fase "tentando dar certo com alguém". Elas também sentem desejo de transar, mas sabem que não será na primeira, segunda ou terceira tentativa que dará certo.

Ansiedade nesses momentos servem apenas para atrapalhar. Aos poucos tudo vai se encaixando: ritmos, gostos, programas, pensamentos, vontades. E quando se percebe, está iniciada uma relação legal, com uma pessoa bacana que soube esperar para te conhecer e se revelar.

Ninguém pode culpar o outro pela falta de respeito e compromisso quando oferecemos apenas o nosso corpo. Revelar e ser sincera com os nossos sentimentos pode ser perigoso. Podemos ser mal interpretadas como carentes, desesperadas... Mas até quando vamos esconder que necessitamos e desejamos o véu e grinalda, almoço em família no domingo, filhos arteiros?

Nascemos para amar e ser amadas. Lógico que não durante 24h por dia, 365 dias por ano; mas queremos que seja pelo resto da vida. Contraditório??? Perdão, mas somos assim por natureza. Desejamos um amor que nos ilumine, mas não nos tire energia; que nos norteie, mas não nos aprisione.


E em cada tentativa, perceberemos que somos frágeis quando abrimos o coração. Lidar com sensações descontroladas exigem muito, e raramente conseguimos controlar nossos sentimos. O retorno está em ser feliz aceitando quem está do seu lado pelo resto da semana, mês, anos, vida... e que te faz feliz.


(texto extraído do blog do R. Costa e escrito pela minha quase xará, Jana)

"o sussurro da maré montante, uma folha seca de amendoeira arrastada pelo vento, o gorgulho de um peixe saltando... (...) eu deixava a areia correr de entre meus dedos sem saber ainda que aquilo era uma forma de cortar o tempo. Quando não havia luar era mais lindo e misterioso ainda. Porque, com a continuidade da mirada, o céu noturno ia desvendando pouco a pouco todas as suas estrelas, até as mais recônditas, e a negra abóbada acabava por formigar de luzes, como se todos os pirilampos do mundo estivessem luzindo na mais alta esfera. Depois acontecia que o céu se aproximava e eu chegava a distinguir o contorno das galáxias, e estrelas cadentes precipitavam-se como loucas em direção a mim com as cabeleiras soltas e acabavam por se apagar no enorme silêncio do Infinito. E era uma tal multidão de astros a tremeluzir que, juro, às vezes tinha a impressão de ouvir o burburinho infantil de suas vozes. E logo voltava o mar com o seu marulhar ilhéu, e um peixe pulava perto, e um cão latia, e uma folha seca de amendoeira era arrastada pelo vento... (...) E eu ia, coisa volátil, ao sabor dos ventos que me levavam para aquele mar de estrelas, sem forma e corpo e ouvindo o breve cochicho das ondas... (...) E eu me levantava, sacudia a areia do meu corpo, dava um beijo de bom-dia na face que ela me entregava, pulava a janela de volta, atravessava a casa com pés de gato e ia dormir direito em minha cama, com um gosto de frio em minha boca."


Menino de ilha - Vinícius de Moraes






Era quase uma necessidade um do outro, mas eles ainda não sabiam ao certo o que era aquilo que tanto abrandava quanto atormentava, apenas sentiam que nao poderia haver outro caminho exceto o que levava um ao encontro do outro, como uma planta procura o sol em busca do alimento. Sentaram e conversaram muito e deixaram todas as janelas abertas para que o sol entrasse e iluminasse as velhas fotos que ela guardava sobre a mesa como uma forma de nunca deixar que aqueles momentos fugissem da memória. Ele trouxe um buquê de flores vermelhas ela havia mencionado certa vez como lindas e exóticas: ixórias. Ixórias? sim, ixórias. Ela queria ser mimada. Queria que ele tivesse algum trabalho para comprar flores. Rosas são lindas mas são comuns e tem em todo lugar e por saber dela assim foi em buscas de ixórias. Ele segurou sua mão e olhou em seus olhos com uma ternura infinita...sabe aquela ternura de quem precisa dizer urgentemente eu te amo, não posso mais viver sem você, mas porque não podemos ficar juntos ainda? ela o compreendia apenas com o olhar e apertou sua mão com a força exata para que ele entendesse que era preciso que aceitassem as impossibilidades, mas que nunca desistissem um do outro. Ela segurou seu rosto com a barba ja um pouco crescida que ele provavelmente deixara para lhe chamar a atenção pois sabia que ela gostava dele assim, e antes de tudo, acariciou suavemente sua pele. Sabe aquele olhar? Aquele que faz com que os dois possam ficar em silêncio sem a necessidade de falar, apenas sentindo o cheiro um do outro tendo assim a constatação da presença física plena e desse modo tão próximo? Era tudo que ela queria. Era tão importante estar com ele naquele instante, tão importante...nada mais importava.
Era como segurar a mão dela e seguir por um caminho qualquer e saber que qualquer que fosse a estrada eles estavam na rota certa:a mesma. Cumplices.
Era como chegar na praia só pra ver no rosto dela aquele sorriso e ela ouvir dele o seu nome.
Todos os dias seu nome na boca daquele homem.

- Janinha -

quinta-feira, 28 de agosto de 2008


Há uns 5 anos comecei a escrever um romance. Na verdade dois. Dois romances.
Não tenho a pretensão de que me considerem uma escritora, mas sonho com isso, sim.
E dá no mesmo? Talvez. Quem sabe?
Comecei com a história de Nina e depois de mais de 400 páginas e estar perto de um final
sem saber que rumo dar a um triângulo amoroso bastante contundente, resolvi que era hora
de parar e respirar. Eu me apaixonei pelos personagens e quando me de conta de que alguem
deveria morrer, nossa...fiquei tão triste que deixei todos eles em banho-maria e em fogo baixo. Essa parada me deu inspiração para começar uma outra história. Dessa vez nada de triângulos amorosos com pessoas quase perfeitas, mas sim a de trajetória de um moço lindo, mas cheio de "quereres" e desejos mundanos...um cara como outro qualquer, porem diferente e especial ao mesmo tempo:..um surfista de corpo e alma, porem mais apaixonado por mulheres e sexo do que por qualquer outra coisa :)
E escrevi, escrevi, escrevi...quase com ansiedade...e acima de tudo com muito prazer.
Até que há 2 anos atrás parei. Sim. Foi do nada. Apenas parei e congelei tudo.
Não terminei nem uma e nem outra e eles continuam lá, esperando por uma decisão minha.
Tenho a impressão de que agora que decidi criar o blog minha veia literária pode voltar à pulsar como antes, ou como nunca! espero! Eu quero muito que isso aconteça e, caso assim seja, certamente vou estar compartilhando com quem visitar estas singelas páginas....






Sono e memória


Tem coisas que acontecem comigo que nem eu explico depois. Até morrer de sede em frente ao rio, mas é que, às vezes, é melhor o que é dado, espontâneo, do que o tomado. Mas há sempre, sempre, algo de infinito, quando há um sono em comum... E muriçocas não sentem frio, decididamente...


(R.C.)
"o importante não é inventar. é ser inventado, a cada dia, e nunca estar pronta nossa edição melhorada"... CDA

"Tempo amigo seja legal

Conto contigo pela madrugada

Só me derrube no final"


(Sobre o tempo - Pato Fu)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O mar....

A água do mar é transparente. Mas, quando se observa, ele parece azul, verde ou até cinzento. O reflexo do céu não torna o mar azul , o que torna o mar azul é o fato de que a luz azul não é absorvida ,ao contrario do amarelo e do vermelho. Também depende da cor da terra ou das algas transportadas pelas suas águas. A partir de uma certa profundidade, as cores começam a sumir do fundo do mar. A primeira cor a desaparecer é a vermelha, aos seis metros. Depois, aos quinze, some a amarela. Até chegar a um ponto em que só se verá o azul...

As aparências enganam, né?

Em tempo....


Finalmente hoje tomei a decisão de criar um blog. Mas a idéia é antiga e de tão antiga ficou moderna...eis um belo exemplo do paradoxo que existe no tempo...

Jana.