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domingo, 13 de setembro de 2009

Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Trechos do texto de Luiz Mendes publicado na Trip de junho de 2005


Amei desavergonhadamente, até que tudo ficasse dolorido demais para ser vivido. Parece que o que doía era o que fazia amar. Era como se a dor libertasse o que o amor despojava. (...) O mais dolorido de estar preso é ficar longe de quem amamos. Mas não amar ninguém é pior ainda. O tempo parece que pára nos dias sem amor. (...) O amor não é tão diáfano quanto imaginamos. Não faz levitar. Não há qualquer garantia de duração ou continuidade. A única certeza é que tudo deve ser uma conquista ininterrupta. Qualquer palavra mal colocada pode ser fatal. Relação a dois, antes de tudo, exige respeito. Paciência para ouvir argumentações e vontade para refletir e compreender. (...) Respeitar, às vezes, significa relevar, fazer vistas grossas. Silenciar, numa palavra. O amor é um desses quesitos básicos para que a relação íntima possa dar certo. Não se basta em si. Carece de recursos outros que nem sempre temos disponíveis. Então, podemos fracassar. Tudo bem, somos humanos. Os únicos cujos fracassos sedimentam vitórias.

Importa ver tudo com os olhos da realidade. Tudo o que temos são nossas experiências acumuladas que formam nosso conhecimento particular. O resto está sempre de passagem. As cores esmaecidas não podem ser apagadas. A lembrança busca carregar nas tintas e colorir as fases mais agradáveis. A mente tende a revisar a realidade, transformando-a em algo possível de ser superado. Por isso, por mais que soframos com a morte de alguém querido, a tendência é amenizar a dor até que assimilemos o golpe. São raras as pessoas que conseguem se relacionar entre si com a maior leveza do mundo. No geral, pelo que pude constatar aqui fora, relacionamento íntimo é esforço constante. Tudo parece estar por um fio, como uma réstia de luz desmanchando a penumbra. É preciso traçar novos vôos, um longo gesto para alcançar alguma coisa, mesmo que não saibamos o quê. Estou aprendendo. Meu último relacionamento a dois me ensinou que a vida é a força que se move para além da imaginação, encaminhando-nos para a realidade. O sentimento que nos unia virou bem-querer profundo, quiçá amor de verdade, desejo de felicidade sem posse. A relação a dois diluiu-se, mas deu certo. Pelo menos esse é o gosto que sinto. Não houve vencedores porque não saímos perdendo, muito pelo contrário. Hoje, solteiro, percebo que meus sonhos não eram falsos porque me fartaram de ensinamentos. Com certeza, da próxima vez, estarei mais capaz.


Pra quem não sabe, Mendes cumpriu pena de 31 anos e dez meses, por assalto e homicídio, e hoje vive em São Paulo.

Faça tudo com amor que o Universo conspira a seu favor!
Colírio do dia...=D

E que nunca nos falte coragem, brilho nos olhos e muita vontade!
(rímel e gloss tambem não podem faltar, né amiga??? ) :)
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho ...
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Colírio da Semana....Julian Rios...*suspiros*

Essência...


Sem legenda...

(Foto do álbum do Alex Lima - Hawaii)

O tempo passa....

"O tempo passou. Ao me distanciar das percepções bitoladas pela efemeridade cotidiana, vi que nada foi tão revolucionário quanto parecia que ia ser. Mas tudo foi muito inédito e único, de uma forma surpreendente. Os dias voaram. Alguns saíram, outros entraram, a vida deu um monte de rasteiras, me presenteou com um tanto de inesquecíveis momentos, experiências idescritíveis e sonhos que vivi acordada. Ou seja: muitas coisas mudaram e nunca mais serão as mesmas. E, mesmo assim, sinto como se nada tivesse realmente mudado.
.

E durante esta avalanche de percepções mentais, um filmete encantava a minha mente. Revivi todo o caminho traçado em minhas andanças mundanas, tentando explicar como cheguei aonde estou e nesta que hoje sou. Como eu me tornei monstro para alguns e encantadora para outros. É, porque percepções diversas surgem a cada dia sobre esta que vos escreve. Esta que, no fundo, quer criar seu própro conto de fadas e fazer alguém feliz. Esta que quer se tornar a exceção a sua própria regra e ser muito feliz."